É fato que a evolução tecnológica tem cada vez mais peso no setor industrial. Inclusive, nos últimos anos, a indústria brasileira implementou bastante novos aparelhos e sistemas no campo de trabalho, segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Um exemplo é a importância que o rádio controle remoto industrial tomou.
Veja só: de 2016 a 2018, o percentual de grandes companhias que usam pelo menos uma das tecnologias de automação industrial foi de 63% para 73%. Isso confirma o aumento no investimento na Indústria 4.0. Mas será que é o suficiente para a competitividade do Brasil com o exterior?
O desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil abrange certos desafios, desde dinheiro no bolso para novas tecnologias até adaptação dos colaboradores com os processos. Abaixo, destacamos mais alguns pontos de atenção que ainda caminham a passos lentos!
Heterogeneidade do setor industrial brasileiro
Poucas empresas estão preparadas para lidar com as mudanças trazidas pela nova Revolução Industrial. As companhias que querem prosperar em um mercado cada vez mais digital e globalizado precisam focar em inovar e sair da rotina. Até aquelas de grande porte devem se reinventar, melhorar processos e dar um gás em sua gestão.
Os principais desafios no Brasil são saber por onde começar, isso porque as empresas não possuem a mesma maturidade e recursos para investir em automação industrial como aquelas empresas de fora. Lá, o uso de equipamentos como anemômetro externo é comum.
Nesse caso, são necessárias iniciativas públicas e privadas que promovam o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. Assim, estimulam os empreendedores de pequeno e médio porte a correrem dessa “onda tecnológica”, sob risco de não conseguirem sobreviver ao novo mercado altamente competitivo.
Investimentos em tecnologia de ponta
A velocidade do avanço tecnológico, como dissemos, é um dos maiores desafios, em razão do investimento. Existem até especialistas que acreditam que o Estado deve ser o responsável por uma política industrial que ajude a transformação industrial brasileira. Outros já acreditam que a mudança é viável por meio de parcerias público-privadas.
Independente do caminho, é fato que a indústria nacional precisa de investimentos maiores para que as empresas, além de acompanhar as mudanças, também sejam produtoras de tecnologia.
Capacitação profissional de trabalhadores
Nem só de máquinas, como controlador eletrônico, e sistemas vive uma empresa moderna, os colaboradores precisam conhecê-las a fundo para operar com eficiência. Então, a educação é ponto-chave, e é necessário fornecer cursos e palestras para formar profissionais qualificados.
O mercado brasileiro é carente de mão de obra técnica, o que apenas a capacitação dos trabalhadores pode garantir o preenchimento de vagas de emprego.
Capacidade de competir em âmbito internacional
O Brasil ainda caminha bem lentamente quando falamos em tecnologias digitais e automação industrial, principalmente, quando fazemos comparação com outros países. Conforme o CNI, somente 9% dos negócios brasileiros fazem uso de Big Data e Inteligência Artificial. Ao mesmo tempo, indústrias globais investem pesado nesse setor.
Não à toa, nosso país ocupou a 64ª posição no Índice Global de Inovação de 2018, ranking que analisa 126 países.
Por fim, concluímos que muita coisa precisa mudar. A começar pela implementação (investimento mesmo!) em tecnologias e no aprimoramento na força de trabalho.